A Polícia Civil do Distrito Federal acredita que Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, de 30 anos e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, encomendaram a morte de seis pessoas da própria família. Conforme divulgado pelo G1, o crime teria sido encomendado pela dupla e motivado por dinheiro adquirido com a venda de uma casa. A informação foi divulgada nesta terça-feira (17), em depoimento de um dos suspeitos de envolvimento no caso. Aos policiais, o homem contou que ele e um comparsa receberam R$ 100 mil para matar a esposa de Thiago, os três filhos, dois gêmeos de 6 anos, um de 7 anos, a sogra e a cunhada da mulher. Ao todo, oito pessoas haviam desaparecido, incluindo os dois supostos mandantes, que ainda não foram localizados.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (12), a esposa de Thiago, Elizamar Silva, e os filhos Gabriel, de 7 anos, Rafael e Rafaela, gêmeos de 6 anos de idade, sumiram. Ela também era mãe de um rapaz de 24 anos e de uma jovem de 18 anos, que avisaram a polícia sobre o desaparecimento da cabeleireira, que havia parado de responder às mensagens no celular.
No dia seguinte, o carro dela foi encontrado próximo à Cristalina (GO), próximo ao DF, carbonizado com quatro corpos dentro. Os cadáveres foram reconhecidos por parentes como o da cabeleireira e dos três filhos dela, mas ainda não há confirmação oficial. As crianças eram filhas e netas dos dois mandantes.
Fotos: Polícia Civil do Distrito Federal (Reprodução)
Logo depois, o marido de Elizamar também sumiu, assim como o pai, a mãe e uma irmã dele. Neste sábado, (14), o carro do sogro de Elizamar foi encontrado também carbonizado, com dois corpos dentro. Ao que tudo indica, as vítimas são Renata Juliene Belchior, de 52 anos, mãe de Thiago e esposa de Marcos Antônio; e Gabriela Belchior de Oliveira, de 25 anos, irmã de Thiago e filha de Marcos Antônio.
Entre os suspeitos estão Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, e Gideon Batista de Menezes, de 55 anos. Em depoimento, um deles confessou que os assassinatos foram encomendados por Thiago e Marcos Antônio, por um valor de R$ 100 mil. Na noite de terça-feira (17), um terceiro suspeito foi preso, identificado como Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos. Ele foi o responsável por vigiar parte das vítimas, mantidas em um cativeiro. De acordo com o depoimento de Horácio, ele, Gideon, Marcos Antônio e o próprio Thiago sequestraram as mulheres, as mantiveram por cinco dias em um cativeiro e as assassinaram da mesma forma que Elizamar e os filhos. Ele ainda conta que a cabeleireira tentou resistir, mas foi enforcada. Ainda segundo o suspeito, Thiago teria matado um dos próprios filhos antes de atear fogo no carro da família.
Suspeito comprou gasolina para cometer o crime. Foto: Reprodução
Motivação
Além dos dois mandantes e dos três suspeitos já presos, Horácio contou em depoimento que a amante de Marcos Antônio e a filha dela também participaram do crime. Elas estão desaparecidas. Marcos Antônio era marido de Renata Juliene, pai de Gabriela e Thiago. Segundo a polícia, Renata vendeu uma casa na região de Santa Maria, no DF, por R$ 400 mil, e a ideia do suspeito era matá-la para ficar com o dinheiro e fugir com a amante. De acordo com o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, após mantê-las em cárcere privado, os suspeitos não conseguiram o dinheiro. Eles levaram as vítimas de carro para Unaí, em Minas Gerais, onde foram asfixiadas.
Cativeiro onde ficaram as vítimas. Fotos: Polícia Civil do Distrito Federal (Reprodução)
Investigações
O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás e de Minas Gerais, onde dois carros da família foram localizados. O veículo de Elizamar Silva, foi encontrado em Cristalina (GO), com quatro cadáveres, encaminhados para Goiânia para material genético, mas ainda não há previsão para o resultado. O segundo carro pertence a Marcos Antônio Lopes de Oliveira e foi encontrado queimado na BR-251, em Unaí (MG), no sábado (14), com dois corpos dentro. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, os corpos também não foram identificados.
As informações sobre os suspeitos podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 197.
*com informações do G1